PREFEITO, VEREADORES, PADRES E
PASTORES QUEREM DECIDIR QUAL A OPÇÃO SEXUAL DOS MORADORES DE UM MUNICÍPIO
MINEIRO
"...a Ideologia de Gênero é muito complexa e estão querendo incutir na mente do ser humano que ninguém nasce com sexo definido, se é homem ou mulher, e que a opção da sexualidade da criança se desenvolve ao longo do tempo, da sua existência.
E isso vai contra as leis da Igreja Católica e a fé cristã."
Padre Chrystian Shankar
A Igreja Católica
Apostólica Romana, que através de seu representante maior, o Papa, requer
perdão pelos inúmeros casos de pedofilia envolvendo pregadores eclesiásticos, não gosta muito de perdoar e se deixa envolver em questões pessoais, questiona o livre arbítrio – direito de nascença de qualquer SER Humano.
Pelo menos é o que
acontece em Divinópolis, município mineiro localizado a 100km da capital, Belo
Horizonte.
A cidade, com 220 mil
habitantes, administrada politicamente por Vladimir Azevedo (PSDB) e por seus
companheiros – 17 vereadores, está em polvorosa por causa de uma regrinha
básica que querem impor: Opção Sexual.
O prefeito acaba de vetar o
projeto de lei nº EM-02/2015. O caso chega a ser hilário, pois por falta de estudos ao projeto, os
vereadores aprovaram sem saber direito o que se tratava. Foi necessário que
pastores e padres chamassem atenção dos votantes para uma questão polêmica que
passou despercebida no Plano Decenal de Educação.
Um projeto polêmico - é
assim que ficou conhecido o PDE e acabou indo parar na missa.
Quarta-feira 17, na
paróquia de Nossa Senhora Aparecida, comandada pelo padre Chrystian Shankar, uma das pautas tinha a discussão sobre ser ou
não ser Homem/Mulher, Mulher/Mulher, Homem/Homem, Homem/Bicho.... ou seja lá o
que for que uma pessoa/espírito tenha vontade de ser.
G1
A NOTÍCIA SE
ESPALHOU
Atualizado em 18/06/2015
10h23
'Afeta família e fé
cristã' diz padre em Divinópolis sobre questão de gêneros
Afirmação
foi durante missa; tema faz parte de projeto de lei da Câmara.
Líder LGBT é favorável à proposta que aborda o tema da sexualidade.
Matéria completa do G1: AQUI
Tudo tem que estar de acordo com o que determina os homens em solo
terrestre. Segundo o entendimento de alguns, ter nascido homem e querer ser
afeminado ou nascer mulher e levar a vida como 'macho', atrapalha a constituição do que eles consideram ser uma família. E
isso, é algo inadmissível.
Essa conversa que espírito/pessoa tem dois sexos, que um Ser Humano em
sua formação corpórea e espiritual está conectado aos dois lados:
masculino/feminino, é coisa de outro mundo para alguns adeptos de dogmas
religiosos. Pode ser a mais pura verdade, mas eles irão negá-la o quanto
puderem.
Julgar o próximo, um dos ‘pecados’ da humanidade, vem sendo a maior
pratica de algumas religiões – que dizem falar em nome de ‘deus’. Eles não
querem nem saber de princípios da convivência coletiva, que é: cada um cuida de
sua vida e juntos todos cuidam da boa convivência.
Por pouco, os ditos
governantes da cidade de Divinópolis deram grande salto ao futuro. O tópico,
votado ‘displicentemente’, pelos vereadores, vetado agora pelo prefeito, convoca os moradores a aceitarem que os tempos são outros, que o mundo mudou e que as
pessoas necessitam urgentemente abandonar velhas crenças - tipo essa de se
intrometer na vida alheia.
MUNICÍPIO MINEIRO –
PLANO DECENAL DE EDUCAÇÃO EVOLUÍDO, MAS SÓ NO PAPEL
Paragrafos Vetados:
Garantir, a partir de 2015, por normatização do Sistema Municipal de Educação, o ensino da história e cultura afro-brasileira, indígena, nos termos da Lei nº 10.639, de
A CONAE 2014 resgata em seu documento final a situação vivenciada, na realidade brasileira, pelos diversos grupos étnico-raciais e culturais: Historicamente, os movimentos feministas, indígena, negro, quilombola, LGBT, ambientalista, do campo, das pessoas com deficiências, dentre outros, denunciam as ações de violência, desrespeito aos direitos humanos, intolerância religiosa e toda forma de fundamentalismo, racismo, sexismo, homofobia (rejeição e/ou aversão a qualquer forma de expressão da sexualidade diferente dos padrões hetero-normativos. A homofobia frequentemente é manifestada em inúmeras ações discriminatórias, não raro violentas, que apontam para o ódio baseado na orientação sexual do outro (a); a lesbofobia representa a rejeição e/ou aversão às lésbicas, expressão mais relacionada às ações políticas diferenciadas do movimento LGBT; a transfobia representa a rejeição e/ou aversão às transexuais, segundo o Manual de Comunicação ABLGBT ); e a segregação incide sobre os coletivos sociorraciais considerados diversos (CONAE, 2014, p. 29)
Portanto, as políticas educacionais voltadas ao direito e ao reconhecimento à diversidade devem estar interligadas à garantia dos direitos sociais e humanos, à construção de uma educação inclusiva e à garantia do direito à diversidade na política educacional. Implicam, pois, na superação de toda e qualquer prática de violência e discriminação, proselitismo e intolerância religiosa.
A CONAE 2014 apontou outros caminhos para se consolidar as políticas públicas de afirmação da diversidade: Cabe, ainda, disponibilizar os recursos públicos para as políticas e ações educacionais e intersetoriais que visem a efetivação do direito à diversidade e que garantam a justiça social, à inclusão e o respeito aos direitos humanos, considerando, entre outros, a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Estatuto da Igualdade Racial, o Estatuto da Juventude, o Estatuto do Idoso, o Plano Nacional de Educação (PNE), a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Diretos Humanos LGBT, a Política Nacional para a População em situação de Rua (Decreto 7053/09), a Política Nacional de Educação Bilíngue para Surdos, a Política Nacional de Educação Ambiental, o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena, a Educação de Jovens e Adultos, a Educação do Campo, a Educação Escolar Quilombola, a Educação Ambiental e a oferta da Educação de Jovens e Adultos em situação de Privação de Liberdade nos Estabelecimentos Penais (CONAE, 2014, p. 32-33).
Combater as posturas etnocêntricas para desconstrução de estereótipos e preconceitos atribuídos aos grupos negros, homossexuais, mulheres, imigrantes e pessoas com deficiência
Recusar o uso de material pedagógico contendo imagens estereotipadas do negro, homossexuais, estrangeiros e pessoas com deficiência, como postura pedagógica voltada à desconstrução de atitudes preconceituosas e discriminatórias
.
Banir do ambiente escolar qualquer texto, referências, discriminações; decorações, desenhos, qualificativos ou visões que construam ou fortaleçam imagens estereotipadas de negros e negras, mulheres, homossexuais, pessoas com deficiências e estrangeiros.
PREFEITO VETA E
ACATA PENSAMENTO DE IGREJAS EVANGÉLICAS E CATÓLICAS
“Consigno portanto o VETO PARCIAL, por
CONTRARIEDADE AO INTERESSE PÚBLICO, pelas razões que serão adiante
alinhavadas...”.
Como o veto do prefeito foi protocolado após o início da sessão ordinária, somente na próxima terça-feira (23) é que ele poderá ser lido e colocado em pauta na quinta (25) – Basicamente, quase todos os vereadores na reunião de hoje, já adiantaram seus votos, favoravelmente a aprovação do veto do prefeito, mesmo com um plenário com algumas pessoas da UED – União dos Estudantes de Divinópolis e do Fórum Municipal de Educação que são contrários que a Câmara aprove o veto de Vladimir Azevedo – Fazendo um contraponto estiveram presentes também em plenário, vários jovens ligados a diversos movimentos católicos na cidade. (Divinews)
Como o veto do prefeito foi protocolado após o início da sessão ordinária, somente na próxima terça-feira (23) é que ele poderá ser lido e colocado em pauta na quinta (25) – Basicamente, quase todos os vereadores na reunião de hoje, já adiantaram seus votos, favoravelmente a aprovação do veto do prefeito, mesmo com um plenário com algumas pessoas da UED – União dos Estudantes de Divinópolis e do Fórum Municipal de Educação que são contrários que a Câmara aprove o veto de Vladimir Azevedo – Fazendo um contraponto estiveram presentes também em plenário, vários jovens ligados a diversos movimentos católicos na cidade. (Divinews)
A MISSA
Na quarta-feira 17, a já anunciada missa, estrategicamente
– para não se esquecer o veto – ocorreu com a presença de convidados especiais,
além dos fiéis que de costume comparecem todas as quartas-feiras. Foram lá
ajudar na homilia: a juíza da Vara de Família, Andreia Barcelos, os vereadores
Anderson Saleme (PR), Rodyson Kristinarmurti (PSDB) e Hilton de Aguiar (PMDB) e
policiais militares – devido aos boatos de que poderia haver manifestações de
pessoas ligadas ao movimento LGBT.
A missa, que teve público acima dos dias normais, 10
mil fiéis, segundo informações de pessoas que atuam na organização da igreja.
O PADRE
CHRYSTIAN SHANKAR
Logo no início, tendo a juíza sentado ao seu
lado, alertou que qualquer perturbação da ordem na missa, o infrator poderia
até ser preso – O padre, em síntese da sua homilia, afirmou que a Ideologia de Gênero é muito complexa e que estão querendo
incutir na mente do ser humano que ninguém nasce com sexo definido, se é homem
ou mulher, e que a opção da sexualidade da criança se desenvolve ao longo do
tempo, da sua existência.
E isso vai contra as leis da Igreja Católica
e a fé cristã, que todos já nascem com o sexo definido, é homem ou mulher – Já
o resumo da fala da juíza Andréa Barcelos, é que ninguém, instituições e o
estado, salvo em casos de riscos para as crianças podem interferir na forma
como os pais educam seus filhos.
Dos três vereadores que estiveram presentes,
somente Anderson Salame, se manifestou, justificando o equívoco que todos
vereadores cometeram ao não se atentarem para um texto do Plano Decenal da
Educação, que estava inserido a questão de gênero, e que gerou a polêmica
atualmente discutida em toda sociedade. (Fonte: Divinews)
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