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terça-feira, 24 de março de 2015

JIM TUCKER - EVIDÊNCIAS DE QUE MEMÓRIAS E EMOÇÕES PODEM SOBREVIVER AO CORPO

Jim Tucker 


ENTREVISTA
Médico pesquisa a lembrança de vidas passadas em crianças



Jim Tucker, 55, é hoje uma autoridade mundial na pesquisa sobre crianças que se recordam de suas vidas passadas. Diretor médico da Clínica de Psiquiatria Infantil e Familiar, nos Estados Unidos, é autor de “Vida Antes da Vida” (editora Pensamento) e “Retorno à Vida” e de dezenas de artigos em revistas científicas.
 ANA ELIZABETH DINIZ 



O que o levou a enveredar pela pesquisa de memórias de vidas passadas em crianças?
Eu nunca havia considerado seriamente a ideia da reencarnação antes de ler o best-seller “20 Casos Sugestivos de Reencarnação”, do médico Ian Stevenson, com quem trabalhei. Fiquei intrigado tanto pelos relatos das crianças quanto com a possibilidade de estudá-los a partir de uma abordagem científica objetiva. Em 1999, comecei a trabalhar com o tema.

Quantos casos de crianças que se lembram de suas vidas pretéritas o senhor já pesquisou e em quantos países?
Eu e meus colegas da Universidade de Virgínia já estudamos mais de 2.500 casos, e eles vêm de todas as partes do mundo, incluindo todos os continentes, com exceção da Antártida.

Qual a idade média dessas crianças?
Em torno de 35 meses (quase três anos), e a maioria delas para de conversar sobre o assunto por volta de seis ou sete anos. No entanto, minha colega Erlendur Haraldsson, entrevistou tanto adultos como crianças que falavam sobre suas vidas passadas e um número surpreendente disse que ainda tinha um mínimo de lembranças.

Há uma lembrança recorrente?
Algumas crianças dizem que já estiveram aqui antes. Fornecem diversos detalhes sobre vidas anteriores, muitas vezes descrevendo como morreram. Mais comumente, das crianças que descrevem suas mortes e o fim de suas vidas anteriores, 75% relatam que tiveram uma morte violenta ou súbita. Em 70% dos casos, elas morreram por meios não naturais, por guloseimas, acidentes, assassinatos, suicídios ou por combates. Sem dúvida, as crianças dizem muita coisa, e poderíamos simplesmente concluir que estão fantasiando, o que de fato fazem com frequência. Mas e se, em alguns casos, as pessoas que as ouvirem tentarem descobrir se os episódios descritos realmente aconteceram? E se, chegando aos lugares mencionados pelas crianças, essas pessoas descobrirem que as palavras ditas sobre acontecimentos passados eram mesmo verdadeiras? E então?

O senhor relata em seu livro casos de crianças que nasceram com marcas ou defeitos de nascença. O que eles revelam?
Eles lembram ferimentos no corpo da personalidade anterior, geralmente de natureza fatal. Um caso que inclui tanto o sonho premonitório quanto um defeito de nascença é o de Süleyman Çaper, da Turquia. A mãe sonhou, durante a gravidez, que um homem desconhecido lhe dizia: “Fui morto por um golpe de pá. Quero ficar com você e com ninguém mais.” Quando Süleyman nasceu, viu-se que a parte posterior do seu crânio era parcialmente deprimida e também apresentava uma cicatriz. Ao aprender a falar, disse que tinha sido um moleiro morto quando um freguês enfurecido feriu-o na cabeça. Juntamente com outros detalhes, forneceu o primeiro nome do moleiro e o da aldeia onde residiu. De fato, um freguês enfurecido havia assassinado um moleiro daquele mesmo nome e naquela mesma aldeia, golpeando-o na nuca com uma pá.

Como médico, o senhor crê na possibilidade da reencarnação?