terça-feira, 12 de maio de 2015

ROBSON PINHEIRO – O VATICANO É CENÁRIO DE ATUAÇÃO DOS “ESCUROS”



Você pode mudar sua convicção sobre 
BEM e MAL


No dia 14 de maio, quinta-feira, o escritor Robson Pinheiro, 53, lança o seu 38º livro: O AGÊNERE. Conheça um pouco dessa história, em entrevista do autor à jornalista Ana Elizabeth Diniz - especial para o jornal O Tempo.



“Das profundezas da Santa Sé, emerge o agênere, que personifica o mal e os planos diabólicos de espíritos sombrios. 

"O livro do escritor espírita, fala de assassinatos misteriosos, investigação policial e paranormal, suspense e ação. O autor já vendeu mais de 1,4 milhão de exemplares.”
Ana Elizabeth Diniz







ENTREVISTA – ROBSON PINHEIRO

O que é agênere?
É um termo definido por Allan Kardec, codificador do espiritismo, na Revista Espírita de fevereiro de 1859. Trata-se de uma aparição tangível, ou seja, um fenômeno espírita que se caracteriza pela materialização mais ou menos duradoura de um espírito desencarnado, o qual adquire temporariamente todos os contornos de um ser humano encarnado e se confunde com um de nós.

Do que trata o livro?
Apesar de abordado pelo próprio fundador do espiritismo, o tema agênere é controverso mesmo no meio espírita, e as investigações a respeito são escassas. Parte por isso, mas principalmente pela atuação perigosa que essas entidades têm tido no panorama mundial, ocupando posições-chave, junto a poderosos da política e da economia, creio que o espírito Ângelo Inácio, que ditou esse livro, quis escrever sobre o tema. A trama central é a materialização de um agênere nos porões da Santa Sé, como enviado de espíritos sombrios para influenciar políticos e poderosos da economia nas mais importantes instâncias europeias, e a ação de forças da ordem e da justiça, os guardiões planetários, a fim de desbaratar os planos das sombras. Paralelamente, mostra o dia a dia do agênere e sua luta para manter seu corpo físico, o que faz por meio do roubo de fluidos e outros mecanismos descritos pela ciência espírita, e seu encontro com outro de sua espécie, que habita o Vaticano desde os anos 1950, passando-se por um clérigo. Além disso, expõe os planos de famílias e agentes influentes que se movimentam nos bastidores, a fim de manipular a economia internacional.




 Os guardiões precisam de nós e
recrutam todos os cidadãos de bem
para que engrossem a fileira
ao lado dos que nutrem valores
de bondade, justiça e ética.



Há muitos espíritos disfarçados de homens pelo mundo? Eles são necessariamente do mal?
Não, não há muitos. Os espíritos falam em aproximadamente uma dúzia de espíritos assim, em papéis relevantes, em todo o mundo, embora o número possa oscilar a qualquer momento, dada a própria característica do fenômeno. O próprio Kardec ouviu dos espíritos que o dirigiam que os agêneres não são necessariamente maus, mas, na maior parte das vezes, inferiores. Tanto porque fenômenos de natureza física são atraentes para espíritos menos esclarecidos, devido ao fato de que os espíritos superiores dispõem de outros meios de promover seu trabalho e sua ação em prol do ser humano.

O agênere retratado no livro surgiu no Vaticano?
Sim. O personagem principal, que assume o nome de Giusep-pe, forma-se nas catacumbas do Vaticano. O autor espiritual descreve o processo com riqueza de detalhes.

Como ele tem influenciado o destino da humanidade?
Uma vez que esteve na iminência de ser apanhado, ele não age mais, na atualidade. A história se passa no fim do papado de Bento XVI, nós deduzimos, já que o autor faz referência ao episódio que ficou conhecido como Vatileaks. Sobre a influência da criatura, a certa altura da narrativa há uma espécie de duelo espiritual entre o espírito do agênere, que é um experiente mago da escuridão, embora naquele instante não estivesse materializado, e a chanceler alemã, Angela Merkel. É uma das cenas mais comoventes do livro. A rigor, agêneres mais experientes podem até assassinar personalidades influentes e assumir suas feições, numa hipótese extrema, o que dá a ideia da ameaça potencial que esse fenômeno acarreta, se conduzido por entidades sombrias, e por que merece atenção dos mais graduados guardiões da humanidade, os espíritos que zelam pelo planeta Terra.


Suponho que ele não seja o Papa Francisco. Nesse caso, ele suspeita da existência desse espírito transitando e influenciando decisões no Vaticano?
Não, sem dúvida não é. A história se passa antes do seu papado. Entretanto, havia certas suspeitas da ação do outro agênere – aquele que atua no Vaticano desde os anos 1950 – por parte de algumas figuras importantes da Cúria Romana. O livro menciona até encontros entre tais personalidades e agentes de inteligência da União Europeia designados para estudar os estranhos fatos envolvendo o menor país do mundo.

Papa Francisco pode estar sob o poder do agênere?
É evidente que todos estamos sujeitos à ação espiritual nefasta, faz parte da vida e de nosso amadurecimento. Essa é a realidade que descrevem os espíritos a Kardec, ao abordarem o fenômeno que denominou obsessão. Sabe-se também que o grau de periculosidade e especialização das entidades que assediam cada um está diretamente ligado à relevância do trabalho que desempenha em favor da humanidade. Ou seja, é claro que o Sumo Pontífice, não importa quem seja, em virtude da representatividade que tem, não contará apenas com obsessores de caráter pessoal; muito pelo contrário. É por isso que a proteção espiritual em torno dele e a capacidade que lhe é exigida são igualmente proporcionais à autoridade que está em suas mãos e ao alcance de suas atitudes. Particularmente, tenho grande admiração pelo Papa Francisco e confio na sua capacidade de enfrentar esses e outros desafios como aliado das forças do bem que administram os destinos terrenos.

O que se pode fazer para acabar com esse domínio nefasto?
Acima de tudo, procurarmos agir de modo consciente, absolutamente responsável e consequente em nossa vida cotidiana. A autoridade moral de cada um de nós se constrói – e, ao mesmo tempo, é posta à prova – nos episódios mais comezinhos, que nos dão fôlego para enfrentar as decisões mais vultosas. Cada qual se vê diariamente diante de escolhas de ordem moral, que refletem valores, forjam o caráter e revelam as aspirações mais profundas, não só aquelas que gostamos de declarar aos demais. Os espíritos das sombras não podem fazer o mal sem aliciar seus agentes, cujas armas são a hipocrisia, a mentira, o abuso, a exploração alheia e o desprezo por qualquer coisa que mereça respeito. Tampouco os criminosos do além são capazes de levar quem quer que seja a fazer aquilo que contraria verdadeiramente seus princípios; ao contrário, eles usam os recursos que lhes oferecemos. Numa época em que se revelam tantos escândalos de corrupção, mais do que nunca creio que somos todos chamados a nos perguntar de que maneira queremos mudar esse estado de coisas, mas não apenas na esfera do poder político, e sim também em nosso cotidiano, nas relações que estabelecemos com o próximo em casa, no trabalho, na vida.

Qual a mensagem do livro?
Desmantelar o poder das sombras, trazendo a público suas artimanhas e seus métodos perversos. Os espíritos que me dirigem, aos quais Ângelo também se reporta, querem também demonstrar o investimento incessante do alto para proteger e fortalecer a humanidade, missão na qual cada um de nós tem um papel fundamental, insubstituível, já que os benfeitores não fazem mágica. Os guardiões precisam de nós e recrutam todos os cidadãos de bem para que engrossem a fileira ao lado dos que nutrem valores de bondade, justiça e ética.



PUBLICADO EM 12/05/15 - 03h00
ANA ELIZABETH DINIZ
ESPECIAL PARA O TEMPO


A jornalista Ana Elizabeth Diniz
escreve neste espaço às terças-feiras.
E-mail: anadiniz@terra.com.br




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