quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

EM BUSCA DE UMA VIDA INCRÍVEL - ENTREVISTA

Foto: Reprodução
Um conselho para a geração que nasceu na era da tecnologia
 David Baker é a simpatia em pessoa. Ex-editor da versão inglesa da revista Wired, hoje ele continua contribuindo para a revista, mas passa a maior parte de seu tempo dando consultoria e ajudando ou, como ele prefere, provocando as pessoas a viver melhor. David passou a semana no Brasil para ministrar um curso intensivo da School of Life sobre trabalho, relacionamento e simplicidade e o Gizmodo Brasil conversou com ele sobre a maneira como usamos a tecnologia e os impactos da internet na nossa vida.




“Ninguém precisa abandonar a tecnologia, mas é necessário experimentar momentos de desconexão” 

“Eu definitivamente não quero que ninguém abandone a tecnologia, a não ser que a pessoa deseje isso. Mas nós sabemos que há momentos na História em que as pessoas abandonaram a tecnologia e encontraram coisas incríveis, como fez Thoreau. Ele resolveu abandonar a vida civilizada para redescobrir suas ligações com a vida e com o mundo. E funcionou para ele. Walden, de Thoreau, é um livro muito interessante para o momento em que vivemos agora. 

Porque ele fez, de forma completa, algo que podemos fazer num dia.
Eu odeio aconselhar, mas eu gosto de provocar. Eu quero estimular as pessoas, provocá-las. 

Então eu digo ‘Por que você não tenta em experimento? Por que você não tenta ficar sem entrar no Facebook por doze horas’ e pode ser algo interessante, embora seja meio assustador, mas você vai perceber que ficou menos assustado que imaginou que ficaria. E você pode descobrir como aproveitar essas doze horas. Na próxima vez você pode tentar ficar doze horas sem telefone. Ninguém precisa abandonar a tecnologia, mas é necessário experimentar momentos de desconexão.”

Desconecte-se


“A ideia de sempre estar conectado é uma invenção da banda larga. Eu tenho quase cinquenta anos e eu me lembro de quando a internet era discada. Você se conectava e se desconectava porque era como um telefonema, você telefonava para a internet. Agora nós podemos estar sempre online e assumimos que essa é a maneira correta de usar a internet. 

Mas às vezes nós deveríamos experimentar ficar offline e ver como nos sentimos. Eu acho que muitas pessoas podem descobrir que de repente elas estão pensando diferente, conversando mais, indo a parques. E eventualmente elas podem pensar ‘E se eu ficar dois dias sem internet?’. Então meu conselho é experimentar. Porque nós somos viciados em internet. As pessoas saem de casa, percebem que esqueceram seus telefones e atravessam a cidade outra vez para buscá-los. Nós também fazemos isso com drogas e isso é péssimo. 

Então temos que ajudar as pessoas a pensar “Eu esqueci meu telefone em casa e isso não é um desastre”. Porque é só um pedaço de plástico com um computador dentro!

Entrevista completa: Aqui


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