Acredita-se
que a capacidade “medicinal” das abelhas enfermeiras pode ser uma arma
poderosa.
Cientistas estudam se abelhas enfermeiras conseguem ‘curar
de propósito’, intencionalmente, como num “tratamento”.
Elas estão entre as criaturas mais trabalhadoras do planeta,
elas são incansáveis e o produto final de seu trabalho é um dos melhores
alimentos para o ser humano.
Mas as abelhas também sofrem com um mal do empregado
moderno: as doenças. Quando uma epidemia atinge a colmeia, as abelhas
ficam lentas e desorientadas, e muitas delas não resistem e morrem. …
CIENTISTAS
ESTUDAM
ABELHAS ENFERMEIRAS E MEL QUE CURA
ABELHAS ENFERMEIRAS E MEL QUE CURA
Mas os cientistas descobriram que dentro da sociedade das
abelhas existe um conjunto de “abelhas enfermeiras” que espalham uma forma
medicinal de mel que ajuda a curar doenças na colmeia.
Um grupo de abelhas operárias, quando acometido com algum
parasita, se alimenta com mel que possui alto nível antibiótico, segundo estudo
de Silvio Erler, cientista da universidade alemã de Martin Luther, em Halle.
Essas abelhas enfermeiras também distribuem o mel especial
às demais abelhas na colmeia, para combater epidemias.
Mel terapêutico
Diferentes tipos de mel podem ser usados
para combater variadas doenças
Um estudo de Erler mostrou que diferentes tipos de mel são
mais eficientes contra variados tipos de doenças.
Algumas abelhas foram infectadas com um parasita chamado
Nosema ceranae e expostas a quatro tipos de mel diferentes. Três deles eram
feitos a partir do néctar de plantas diferentes – a acácia-bastarda, o girassol
e tília. Um quarto mel era feito da secreção de um tipo de inseto. Todos eles
possuíam atividade antibiótica.
O estudo mostrou que para aquele parasita, as abelhas que se
alimentaram de mel de girassol reduziram o nível de infecção em grau 7%
superior às que se alimentaram dos outros tipos de mel.
Comportamento coletivo das abelhas ainda intriga cientistas.
Nas colmeias densamente povoadas,
as doenças se espalham rapidamente.
Um estudo de setembro de Erler mostrou que o mel de girassol
é mais eficaz contra a cria pútrida americana – uma doença que atinge abelhas.
Já a cria pútrida europeia é melhor combatida com mel de tílias.
“Algumas abelhas estão em posição excepciona dentro de suas
colônias para distribuir o mel certo e reduzir bastante as epidemias”, diz
Erler.
O que os cientistas querem identificar agora é o grau de
instrução das abelhas. Elas são capazes de identificar quais tipos de mel curam
melhor determinadas doenças?
utilizados
na agricultura pelo homem e morrem
aos milhões por causa disto.
As abelhas estão constantemente ameaçadas por doenças,
aquecimento global, poluição e novas técnicas de agricultura. Erler acredita
que essa capacidade “medicinal” das abelhas enfermeiras pode ser uma arma
poderosa.
“Apiculturistas poderiam cultivar determinados tipos de mel
para proteger suas colônias de doenças específicas”, diz. Mas Francis
Ratnieks, da universidade britânica de Sussex, diz que esse tipo de técnica tem
efeito limitado.
“Se depois de seis dias comendo apenas um tipo de mel, a
abelha reduziu o nível de infecção em apenas 7%, eu imaginaria que o efeito no
resto da colmeia seria menor. As abelhas costumam coletar mel principalmente
para se alimentar, não como forma de medicação”, diz Ratnieks.
Abelhas mortas dentro da colmeia são retiradas pelas outras
abelhas e são fontes de doenças.
As abelhas têm outras fontes de “remédios”. Um exemplo é a
resina de plantas que elas coletam e incorporam a suas colmeias. Essas resinas
ajudam a combater parasitas. Em 2012, um estudo mostrou que abelhas
contaminadas com um determinado tipo de fungo se protegem coletando mais resina
do que as demais.
As abelhas, assim como insetos como a formiga, também são
conhecidas por seus hábitos "higiênicos". Abelhas operárias transportam o corpo
de abelhas mortas para longe da colônia, para evitar a disseminação de doenças.
Ratnieks trabalha cultivando abelhas que praticam isso com maior frequência, na
esperança de gerar colmeias mais resistentes a doenças.
A capacidade de achar remédios é algo comum a muitos animais
na natureza. Assim como os humanos desenvolveram a aspirina contra dores de
cabeça, chimpanzés usam folhas de algumas árvores para matar parasitas em seu
estômago. Já as cabras comem vegetais com alto teor de tanino quando sofrem com
vermes e cães e gatos comem um tipo de grama quando estão com distúrbios
alimentares.
Leia a esta
reportagem em inglês no site BBC
Earth.
Saiba mais em:
9- http://thoth3126.com.br/abelhas-podem-aumentar-a-produtividade-na-agricultura-dizem-especialistas/
Permitida a reprodução, desde que mantido no formato original e mencione as fontes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário