sábado, 23 de maio de 2015

TICO SANTA CRUZ - CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL




O cantor e compositor Tico Santa Cruz diz o que deveria ser dito por bocas que ocupam assentos no Congresso Nacional.

Que pena, eles, os eleitos pelo voto popular, não querem definitivamente buscar soluções que resolvam questões sociais. Apenas tapeiam com discursos arcaicos e se negam a cooperar de forma construtiva: “o que podemos fazer é aprovar leis.”

São tantas leis, que aprovar mais uma com os seus intermináveis artigos, nada adiantará, principalmente essa da maioridade penal. O que ameniza, com tal aprovação, é o trabalho deles, dos políticos, fica mais fácil à teoria do que a prática. Assim, dizem lavar as mãos e o caso está encerado. Jogam tudo pra debaixo do tapete, como disse Santa Cruz.  


“Como é perigoso libertar um povo 
que prefere a escravidão!”
Nicolau Maquiavel



“Quero ir para o inferno, não para o céu. No inferno, gozarei da companhia de papas, reis e príncipes. No céu, só terei por companhia mendigos, monges, eremitas e apóstolos.”
Nicolau Maquiavel


"Mas passando a outra parte, quando um cidadão privado, não por perfídia ou outra intolerável violência, porém com o favor de seus concidadãos, torna-se príncipe de sua pátria, o que se pode chamar principado civil (para tal se tornar, não é necessária muita virtude ou muita fortuna, mas antes uma astúcia afortunada) digo que se ascende a esse principado ou com o favor do povo ou com aquele dos grandes. Porque em toda cidade se encontram estas duas tendências diversas e isso resulta do fato de que o povo não quer ser mandado nem oprimido pelos poderosos e estes desejam governar e oprimir o povo: é destes dois anseios diversos que nasce nas cidades um dos três efeitos: ou principado, ou liberdade, ou desordem.

"O principado é constituído ou pelo povo ou pelos grandes, conforme uma ou outra destas partes tenha oportunidade: vendo os grandes não lhes ser possível resistir ao povo, começam a emprestar prestígio a um dentre eles e o fazem príncipe para poderem, sob sua sombra, dar expansão ao seu apetite; o povo, também, vendo não poder resistir aos poderosos, volta a estima a um cidadão e o faz príncipe para estar defendido com a autoridade do mesmo. O que chega ao principado com a ajuda dos grandes se mantém com mais dificuldade daquele que ascende ao posto com o apoio do povo, pois se encontra príncipe com muitos ao redor a lhe parecerem seus iguais e, por isso, não pode nem governar nem manobrar como entender."


Trecho do livro O Príncipe ou De Principatibus,
de Niccolò di Bernardo dei Machiavelli - Maquiavel  (1469 – 1527)
CAPÍTULO IX
DO PRINCIPADO CIVIL
(DE PRINCIPATU CIVILI)



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