Você pode mudar sua
convicção sobre
BEM e MAL
BEM e MAL
No dia 14 de maio,
quinta-feira, o escritor Robson Pinheiro, 53, lança o seu 38º livro: O AGÊNERE.
Conheça um pouco dessa história, em entrevista do autor à jornalista Ana Elizabeth Diniz - especial para o jornal O Tempo.
“Das profundezas da
Santa Sé, emerge o agênere, que personifica o mal e os planos diabólicos de
espíritos sombrios.
"O livro do escritor espírita, fala de assassinatos misteriosos, investigação policial e paranormal, suspense e ação. O autor já vendeu mais de 1,4 milhão de exemplares.”
"O livro do escritor espírita, fala de assassinatos misteriosos, investigação policial e paranormal, suspense e ação. O autor já vendeu mais de 1,4 milhão de exemplares.”
Ana Elizabeth Diniz
ENTREVISTA – ROBSON PINHEIRO
O que é agênere?
É um termo definido por
Allan Kardec, codificador do espiritismo, na Revista Espírita de fevereiro de
1859. Trata-se de uma aparição tangível, ou seja, um fenômeno espírita que se
caracteriza pela materialização mais ou menos duradoura de um espírito
desencarnado, o qual adquire temporariamente todos os contornos de um ser
humano encarnado e se confunde com um de nós.
Do que trata o livro?
Do que trata o livro?
Apesar de abordado pelo
próprio fundador do espiritismo, o tema agênere é controverso mesmo no meio
espírita, e as investigações a respeito são escassas. Parte por isso, mas
principalmente pela atuação perigosa que essas entidades têm tido no panorama
mundial, ocupando posições-chave, junto a poderosos da política e da economia,
creio que o espírito Ângelo Inácio, que ditou esse livro, quis escrever sobre o
tema. A trama central é a materialização de um agênere nos porões da Santa Sé,
como enviado de espíritos sombrios para influenciar políticos e poderosos da
economia nas mais importantes instâncias europeias, e a ação de forças da ordem
e da justiça, os guardiões planetários, a fim de desbaratar os planos das
sombras. Paralelamente, mostra o dia a dia do agênere e sua luta para manter
seu corpo físico, o que faz por meio do roubo de fluidos e outros mecanismos
descritos pela ciência espírita, e seu encontro com outro de sua espécie, que
habita o Vaticano desde os anos 1950, passando-se por um clérigo. Além disso,
expõe os planos de famílias e agentes influentes que se movimentam nos
bastidores, a fim de manipular a economia internacional.
Há muitos espíritos disfarçados de homens pelo mundo? Eles são necessariamente do mal?
Os guardiões
precisam de nós e
recrutam todos os
cidadãos de bem
para que engrossem a
fileira
ao lado dos que
nutrem valores
de bondade, justiça
e ética.
Há muitos espíritos disfarçados de homens pelo mundo? Eles são necessariamente do mal?
Não, não há muitos. Os
espíritos falam em aproximadamente uma dúzia de espíritos assim, em papéis
relevantes, em todo o mundo, embora o número possa oscilar a qualquer momento,
dada a própria característica do fenômeno. O próprio Kardec ouviu dos espíritos
que o dirigiam que os agêneres não são necessariamente maus, mas, na maior
parte das vezes, inferiores. Tanto porque fenômenos de natureza física são
atraentes para espíritos menos esclarecidos, devido ao fato de que os espíritos
superiores dispõem de outros meios de promover seu trabalho e sua ação em prol
do ser humano.
O agênere retratado no livro surgiu no Vaticano?
O agênere retratado no livro surgiu no Vaticano?
Sim. O personagem
principal, que assume o nome de Giusep-pe, forma-se nas catacumbas do Vaticano.
O autor espiritual descreve o processo com riqueza de detalhes.
Como ele tem influenciado o destino da humanidade?
Como ele tem influenciado o destino da humanidade?
Uma vez que esteve na
iminência de ser apanhado, ele não age mais, na atualidade. A história se passa
no fim do papado de Bento XVI, nós deduzimos, já que o autor faz referência ao
episódio que ficou conhecido como Vatileaks. Sobre a influência da criatura, a
certa altura da narrativa há uma espécie de duelo espiritual entre o espírito
do agênere, que é um experiente mago da escuridão, embora naquele instante não
estivesse materializado, e a chanceler alemã, Angela Merkel. É uma das cenas
mais comoventes do livro. A rigor, agêneres mais experientes podem até assassinar
personalidades influentes e assumir suas feições, numa hipótese extrema, o que
dá a ideia da ameaça potencial que esse fenômeno acarreta, se conduzido por
entidades sombrias, e por que merece atenção dos mais graduados guardiões da
humanidade, os espíritos que zelam pelo planeta Terra.
Suponho que ele não seja o Papa Francisco. Nesse caso, ele suspeita da existência desse espírito transitando e influenciando decisões no Vaticano?
Suponho que ele não seja o Papa Francisco. Nesse caso, ele suspeita da existência desse espírito transitando e influenciando decisões no Vaticano?
Não, sem dúvida não é. A
história se passa antes do seu papado. Entretanto, havia certas suspeitas da
ação do outro agênere – aquele que atua no Vaticano desde os anos 1950 – por
parte de algumas figuras importantes da Cúria Romana. O livro menciona até
encontros entre tais personalidades e agentes de inteligência da União Europeia
designados para estudar os estranhos fatos envolvendo o menor país do mundo.
Papa Francisco pode estar sob o poder do agênere?
Papa Francisco pode estar sob o poder do agênere?
É evidente que todos
estamos sujeitos à ação espiritual nefasta, faz parte da vida e de nosso
amadurecimento. Essa é a realidade que descrevem os espíritos a Kardec, ao
abordarem o fenômeno que denominou obsessão. Sabe-se também que o grau de
periculosidade e especialização das entidades que assediam cada um está
diretamente ligado à relevância do trabalho que desempenha em favor da
humanidade. Ou seja, é claro que o Sumo Pontífice, não importa quem seja, em
virtude da representatividade que tem, não contará apenas com obsessores de
caráter pessoal; muito pelo contrário. É por isso que a proteção espiritual em
torno dele e a capacidade que lhe é exigida são igualmente proporcionais à
autoridade que está em suas mãos e ao alcance de suas atitudes.
Particularmente, tenho grande admiração pelo Papa Francisco e confio na sua
capacidade de enfrentar esses e outros desafios como aliado das forças do bem
que administram os destinos terrenos.
O que se pode fazer para acabar com esse domínio nefasto?
O que se pode fazer para acabar com esse domínio nefasto?
Acima de tudo, procurarmos
agir de modo consciente, absolutamente responsável e consequente em nossa vida
cotidiana. A autoridade moral de cada um de nós se constrói – e, ao mesmo
tempo, é posta à prova – nos episódios mais comezinhos, que nos dão fôlego para
enfrentar as decisões mais vultosas. Cada qual se vê diariamente diante de
escolhas de ordem moral, que refletem valores, forjam o caráter e revelam as
aspirações mais profundas, não só aquelas que gostamos de declarar aos demais.
Os espíritos das sombras não podem fazer o mal sem aliciar seus agentes, cujas
armas são a hipocrisia, a mentira, o abuso, a exploração alheia e o desprezo
por qualquer coisa que mereça respeito. Tampouco os criminosos do além são
capazes de levar quem quer que seja a fazer aquilo que contraria
verdadeiramente seus princípios; ao contrário, eles usam os recursos que lhes
oferecemos. Numa época em que se revelam tantos escândalos de corrupção, mais
do que nunca creio que somos todos chamados a nos perguntar de que maneira
queremos mudar esse estado de coisas, mas não apenas na esfera do poder
político, e sim também em nosso cotidiano, nas relações que estabelecemos com o
próximo em casa, no trabalho, na vida.
Qual a mensagem do livro?
Qual a mensagem do livro?
Desmantelar o poder das
sombras, trazendo a público suas artimanhas e seus métodos perversos. Os
espíritos que me dirigem, aos quais Ângelo também se reporta, querem também
demonstrar o investimento incessante do alto para proteger e fortalecer a
humanidade, missão na qual cada um de nós tem um papel fundamental,
insubstituível, já que os benfeitores não fazem mágica. Os guardiões precisam
de nós e recrutam todos os cidadãos de bem para que engrossem a fileira ao lado
dos que nutrem valores de bondade, justiça e ética.
PUBLICADO EM 12/05/15 - 03h00
ANA ELIZABETH DINIZ
ESPECIAL PARA O TEMPO
A jornalista Ana Elizabeth Diniz
escreve neste espaço às terças-feiras.
E-mail: anadiniz@terra.com.br
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