PENSAMENTO DOMINADO
A Inteligência Emocional
está relacionada a habilidades tais como motivar a si mesmo e persistir
mediante frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações
apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a
liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de
interesses comuns.
Gilberto Vitor
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Você provavelmente já
ouviu e talvez esteja até acostumado a ouvir que pessoas com um maior quociente
de inteligência – o famoso Q.I – são as que se dão melhor em suas carreiras
profissionais. O que você talvez não saiba é que existe outro tipo de inteligência,
a emocional, que parece ser o segredo por trás de muitas pessoas de sucesso.
Entenda o que é
inteligência emocional e por que ela é importante para você
Se esse tipo de inteligência é emocional, você já deve imaginar que não é o tipo de coisa que se aprende na escola nem depende de equações matemáticas ou fórmulas bizarras. Basicamente, inteligência emocional é a habilidade que uma pessoa tem de perceber, entender, avaliar e administrar suas próprias emoções e também as emoções dos outros, de maneira positiva.
Por mais que em um
primeiro momento isso possa parecer fácil, administrar as próprias emoções não
é exatamente a tarefa mais simples do mundo. É preciso autocrítica, reflexão,
meditação e empatia – só para citar alguns fatores. Isso tudo afeta a maneira
como nos comportamos, tomamos decisões e interagimos socialmente.
E se você acha que isso é
tudo uma grande enrolação, saiba que a ciência já descobriu que pessoas com
altos níveis de QI são superadas 70% das vezes por pessoas emocionalmente
inteligentes. Basicamente, saber controlar suas próprias emoções, refletir
sobre elas e colocar suas conclusões em prática pode fazer com que você se dê
melhor do que o “gênio” da turma.
“A vida é muito mais suave se você tem uma boa inteligência emocional”
Daniel Goleman, psicólogo
Aliás, que fique claro que
não se trata de uma competição entre inteligências. O intuito aqui é talvez
fazer com que você comece a observar que seus pensamentos têm uma lógica que
talvez até você mesmo desconheça, e que buscar entender as próprias emoções é uma
das atividades mais instigantes de todas.
Pessoas com uma
inteligência emocional bem desenvolvida são geralmente consideradas
autoconfiantes, persistentes, motivadas e capazes de controlarem a si mesmas.
Não quer dizer, no entanto, que estamos falando de pessoas conhecidas como
“meigas” ou “fofas” ou alguém que está à procura de aprovação constante – essa
é uma confusão bastante comum.
De acordo com um expert no
assunto, Travis Bradberry, pessoas com um nível alto de inteligência emocional
procuram ser bem sucedidas, conseguem controlar suas emoções, têm um bom
convívio social e constantemente avaliam suas próprias atitudes e seus
pensamentos.
Pesquisas recentes já
comprovaram: pessoas emocionalmente inteligentes são aquelas que mais se dão
bem em seus ambientes de trabalho. Um desses estudos, só para você ter ideia da
dimensão da coisa, avaliou a vida de 17 mil pessoas, desde quando eram crianças
até chegarem à fase adulta, por um período de 50 anos. O resultado: as pessoas
consideradas emocionalmente inteligentes eram mais bem sucedidas em suas
profissões do que aquelas com grandes pontuações de QI.
E não acaba aqui! Há
pesquisas que sugerem que pessoas que desenvolveram a inteligência emocional na
adolescência ou no início de sua fase adulta não apenas têm sucesso em suas
profissões como vivem relacionamentos amorosos longos e estáveis, além de apresentarem
baixos níveis de depressão e ansiedade. Há evidências, inclusive, de que essas
pessoas são até mesmo mais saudáveis.
Empatia
De acordo com o psicólogo
Daniel Goleman, os cinco elementos que precisam ser trabalhados para o
desenvolvimento de uma mente emocionalmente inteligente são: autoconhecimento,
autocontrole, motivação, habilidades sociais e empatia.
Desses itens, o que pode
ainda ser desconhecido é a empatia, que, de maneira geral, é a capacidade de se
colocar no lugar de outra pessoa. Alguns cientistas sociais e políticos dizem
que essa palavrinha pequena de significado imenso poderia melhorar muito o
mundo no qual vivemos.
Duvida? Então que tal
começar a pensar duas vezes antes de julgar alguma pessoa por seu status social
ou por suas atitudes? Em algumas situações, só quem sente na pele como é passar
por determinada experiência pode falar com propriedade sobre ela. E, sim, vale
reforçar: esse tipo de exercício social pode fazer de você não apenas uma
pessoa mais sensata, mas também uma pessoa de sucesso.
E você?
Ainda de acordo com
Goleman, pessoas que exercitam as cinco características acima tendem a parecer
confiantes, são boas naquilo que fazem profissionalmente, atingem seus
objetivos, são adaptáveis e flexíveis. São pessoas resilientes e
capazes de se recuperar de situações estressantes. “A vida é muito mais suave
se você tem uma boa inteligência emocional”, resume o psicólogo.
Apenas profissionais da
área de psicologia podem identificar com precisão se uma pessoa tem ou não um
nível alto de inteligência emocional, ainda assim uma maneira popular de tentar
descobrir como anda a sua inteligência emocional é avaliar sua capacidade de
reconhecer expressões faciais. E aí, você é bom em saber o que alguém está
sentindo apenas ao olhar as expressões faciais dessa pessoa?
Inteligência emocional e ambiente
de trabalho
Estudos indicam que
empresas tendem a promover funcionários bem-humorados e que têm uma boa relação
com os outros, dois fortes indícios de inteligência emocional. Esse padrão muda
um pouco quando olhamos para cargos de diretoria: no geral, são pessoas com os
menores índices de inteligência emocional. Bizarro, não?
Ainda não se sabe ao certo
por que isso acontece, mas acredita-se que essa baixa inteligência emocional
tem a ver com o fato de que diretores e CEOs são profissionais que interagem
pouco com os funcionários de nível básico e não entendem como suas decisões
podem impactar os outros – de novo, uma questão de empatia.
Por outro lado, muitas
grandes empresas já começaram a contratar funcionários com altos níveis de
inteligência emocional, como é o caso da Força Aérea dos EUA, que tem recrutado
pessoas por meio de testes emocionais, avaliando questões de empatia, assertividade,
felicidade e autoconhecimento. Financeiramente falando, contratar esse tipo de
pessoa significa, para a Força Aérea norte-americana, economizar US$ 3 milhões
por ano.
Como melhorar a sua inteligência
emocional
De acordo com uma
publicação da Harvard Business Review, estes são comportamentos típicos de
pessoas com baixa inteligência emocional. Se você tem algum deles, dá sempre
para tentar mudar:
* Você frequentemente tem a
sensação de que os outros não entendem o que você fala e isso o deixa
frustrado.
* Você se surpreende quando
as outras pessoas se sensibilizam com seus comentários e sempre acha que elas
estão exagerando.
* Você acha que ter uma boa
relação com as pessoas do seu trabalho não é algo importante.
* Você cria, com relação aos
outros, as mesmas expectativas que tem sobre si mesmo.
* Você culpa os outros pelos
problemas que sua equipe de trabalho enfrenta.
* Você acha irritante quando
alguém espera que você saiba como ele está se sentindo.
E aí, você já tinha
pensado sobre esse assunto?
FONTE(S)
IMAGENS
*Fonte: Mega Curioso
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